26 dezembro, 2009 11 comentários

Dois pijamas, duas versões



Sempre gostei da idéia de se fazer adaptações de livros para o cinema. Pra mim é como unir o útil ao agradável. Não que eu já tenha lido/visto muitos, mas a idéia disso me agrada bastante. Entretanto, muitos filmes me contradizem, quando essas adaptações que poderiam ser tão boas, são feitas de maneira relaxada pouco semelhante a obra original. O primeiro caso comprovado e super-frustrante desse tipo de prática pra mim foi a saga Twilight. Ok! Pode ser coisa de louca viciada em livros, mas honestamente, nada naqueles filmes me estimula, o que é bem diferente do que acontece com a saga original. Neste sentido, e já esperando o pior, como anunciei no último post, assisti a O menino do pijama listrado, adaptação do romance de mesmo título de John Boyne.

[ATENÇÃO! CONTÉM SPOILERS NOS PRÓXIMOS TRÊS PARÁGRAFOS!]

Eu, definitivamente, amei o livro. Apesar do final ser muito repentino e, com isso, dar ao leitor a sensação de desamparo, é muito interessante acompanhar momentos tão horríveis da visão de um menino de oito anos. A história é a seguinte, tanto no livro quanto no filme, Bruno, um garoto de oito anos e filho de um comandante do exército nazista na 2ª Guerra Mundial, se vê obrigado a se mudar quando seu pai é transferido para o controle da base de um campo de concentração. Mas, ele não sabe disso. Só entende que vai deixar seus "três melhores amigos para a vida toda", sua casa grande, espaçosa e cheia de lugares a serem explorados, e seus avós, ou seja, sua vida em Berlim.

Chegando à casa, muito insatisfeito por sinal, ele descobre uma tal "fazenda" da janela de seu quarto, onde existem pessoas que ficam de pijamas o dia todo e há muitas crianças com as quais ele até poderia brincar, se não houvesse a cerca. Um dia, ele resolve explorar, seu passatempo preferido, e começa a caminhar ao lado da cerca. Por um bom tempo, Bruno caminha sem nada avistar, mas logo ele vê uma mancha que, aos poucos toma a forma de um menino. O nosso protagonista, então, conhece Shmuel (origem hebraica, Samuel), O menino do pijama listrado, um garoto que extraordinariamente tem a mesma idade e ainda que havia nascido no mesmo dia em que Bruno. Dali em diante, os dois garotos desenvolvem laços fraternos de amizade, apesar de sempre estarem separados pela cerca.


Um dia, porém, um ano depois que a família chegou ao campo, surge a notícia: Bruno, sua irmã e mãe vão voltar a antiga casa. Bruno não fica contente com a notícia, já que ele já havia se acostumado a viver ali, apesar de todos os problemas, e estava feliz com seu amigo Shmuel. Ele avisa o amigo e como última aventura dos dois, fica decidido que Bruno vai atravessar a cerca em um ponto em que esta estava mal fixada. Tudo isso acontece debaixo de muita chuva e perigo. Bruno passa para o outro lado da cerca um dia antes da viagem e nunca mais retorna de lá. A recuperação dos pais, que só descobrem seu desaparecimento horas mais tarde, demora muito tempo. O que, no livro, é retratado em um epílogo.

[ATENÇÃO! ACABARAM-SE OS SPOILERS!]

A base do filme é a mesma do livro. Mas, como em toda adaptação faltou muita coisa. Também, era de se esperar que menos de 1h30 de duração não pudessem mostrar tudo o que Boyne conta através dos olhos de Bruno. O filme é bom. Recomendo. Mas, para aqueles que tiveram o prazer de ler o livro, vejam com a certeza de que vão assistir a um filme de que somente lembra um livro já lido. Não que se distancie tanto. Mas, ao que parece, tantas modificações da história precisaram ser feitas, que suas semelhanças tornaram-se bastante limitadas.

Outro grande problema do filme, é o que previ no post anterior: a narrativa cinematográfica faz a história perder o encanto do desconhecido, tornando tudo claro ao espectador, desde o campo de concentração, às frustrações da mãe, à mudança da irmã, entre outros detalhes que, sob a visão do narrador-Bruno na obra original, se tornam elementos misteriosos e trazem a dúvida ao leitor. Resumindo, no filme tudo é explícito, explicado e retomado o tempo todo. A típica estruturazinha que já conhecemos de tantos filmes.

Se acho que o filme poderia ser uma adaptação melhor? Sem sombra de dúvidas. Talvez *olha a palpiteira* se o diretor tivesse recorrido a um narrador em 1ª pessoa, no caso Bruno, pode ser que o ar de mistério prevalecesse ou, pelo menos, o espectador saberia que o garoto não estava entendendo nada do que acontecia ali e não, como transparece a quem assiste, o garoto é um tolo por não perceber o que está acontecendo embaixo de seu nariz.

Bom é isso, mas vale a pena assistir e ler não necessariamente nesta ordem. Só não esperem ver adaptação, no sentido mais puro da palavra, porque pra mim é uma versão bem diferente da original. E é tão melodramático que, confesso, me fez chorar.

-beijoslistrados;*
18 dezembro, 2009 6 comentários

Lendo por aí


Momento sinceridade:
Tenho medo de mim quando fico longe de algumas pessoas e depois, quando me aproximo novamente, não consigo, ou melhor, não desejo me distanciar. Whatever. Esqueçam!


Férias é sinônimo de leitura!

Gentem, olha que lindo! tenho um MONTE de livros pra ler nessas férias. Comprei a saga de Senhor dos Anéis (1-3). Ainda tem Memórias de Sherlock Holmes, que comprei faz um tempinho, maaaãs, ainda não li. Também tenho que terminar Honoráveis Bandidos, que é um livro reportagem que ganhei em um sorteio no Twitter *sorte pouca, é apelido*. E também tem O Diário de Bridget Jones, que chegou hoje pelo Correio e consegui pelo Trocando Livros - um site bem legal de troca de livros. Ainda nessas férias pretendo comprar Senhorita Smilla e o Sentido da Neve - como ele é muito caro novo, acho que vou procurar em um sebo da vida - e também A Mulher do Viajante no Tempo - que não ganhei de amigo secreto, apesar de querer muito. Ah! Se alguém quiser me dar de presente, estou super-aberta a receber! hohoho. Brinks.

Sobre o Trocando Livros... É um site móito legal, sério. Já consegui O Menino do Pijama Listrado, que por sinal é muito bom, e agora O Diário de Bridget Jones. E adivinha? Eles estão super-novos. O primeiro está bem mais, porque é literatura nova, né. Mas, é uma boa pedida... trocar livros assim. O barato é o seguinte: você cria sua conta e com ela uma lista de livros que você não quer mais, livros antigos ou novos, mas que estejam em bom estado de conservação. Daí, alguém que ficar interessado em um dos seus livros solicita ele pelo site. Você manda pelo Correio e ganha 1 crédito, que você pode trocar por outro livro. É super-hiper-mega-uber-legal. E, pra quem achar a minha explicação ruim, é só entrar no site, que é tudo bem didático, ok!

Outra coisa about books. Quem tem conta no Skoob aí? Pra quem não conhece, o Skoob é um site onde você organiza suas leituras. Tudo o que você já leu, está lendo ou pretende ler. É bem interessante, porque dá pra você ter acesso a resenhas e críticas que o pessoal faz, além de se informar sobre novos livros e velhos livros que podem ser uma leitura agradável e/ou interessante. Eu, particularmente, não tenho muitos amigos por lá, mas juro que estou me esforçando. hahahaha. Bom, quem quiser fazer conta é só clicar aqui tá.! E quem já tiver perfil lá, me adicione! (Gente, não consigo acessar a merd* benção do site. Depois linko aqui, direitinho! - CONSEGUI!)

Ahn... Falando sobre O Menino do Pijama Listrado...

Eu achei o livro demais. Gostei dele todo. Só tem UM problema... o final é repentino demais. E como a história toda é narrada por um guri de nove anos, muitos detalhes tomam outros sentidos. Até porque, uma crianças com nove anos de idade, por mais esperta que seja, não entende muito do mundo adulto a sua volta. O interessante e, me atrevo a dizer, fascinante neste livro é que você acaba sendo "infectado" por essa inocência. E, por mais que você tente compreender o sentido de uma porta se fechando, ou de uma cerca interminável, você acaba se perdendo nas ilusões infantis do narrador. Tanto é que, quando tudo termina, você mal pode acreditar que algo tão horrível aconteça. A moral? Tudo o que plantamos dá frutos, sejam bons ou ruins. Só vou dar uma pista, além das que já revelei, é uma visão totalmente distinta da 2ª Guerra Mundial. Até mais do que A Menina que Roubava Livros, outra leitura que recomendo, e desejo urgentemente *quem quiser... continuo aberta a presentes*. Recomendo!

Ah, e tem outra. Adaptaram para o cinema *e eu jurando que essa fase de adaptações tinha passado*. Estreiou no Brasil na última sexta-feira, pelo que andei pesquisando. Mas, aqui em Goiânia, não chegou ainda, não. Eu só acho, e vou falar antes de assistir o filme, que perde o encanto. Porque o livro tem o recurso da imaginação, então você nunca tem certeza se é de um jeito ou de outro, ainda mais porque é o tal garotinho que narra. Agora no filme, escrevam o que estou dizendo, tudo fica muito claro e óbvio. Com certeza vai ser lindo e fazer muita gente chorar, quem sabe até eu *já falei que estou na fase das lágrimas, né*, mas vai perder o encanto do desconhecido, sem sombra de dúvidas. Aliás, se a sinopse mal-feita que eu tiver lido fizer jus ao filme, então, sinto  muito, mas vou ao cinema sem expectativas. Apostas, apostas? Ok! Deixo por conta de vocês. Depois que eu assistir ao filme, volto para o arremate!

Bom, conforme eu for lendo os livros que tenho pra ler e quero ler durante meus 3 meses de férias acadêmicas *porque eu faço estágio e vou trabalhar todas as tardes, excuse me*, eu vou postando o que achei das leituras aqui. Durante esse período de recesso blogueiro me apaixonei por aqueles blogs que falam tanto de livros, uma paixão minha em comum com essas blogueiras-livreiras.! S2 Só pra constar, quero contar sobre x coisas que aconteceram ultimamente. Primeiro, meu presente de amigo secreto lá na empresa não foi o livro que eu tanto queria, mas também não ficou atrás. Ganhei os filmes O Amor não Tira Férias e Escrito nas Estrelas. Já falei dos dois por aqui, creio. Vou achar os posts e linká-los *neologismo, plx* aqui, ok. Ah! Não contei que consegui, finalmente, tirar minha carteira de habilitação. Já faz, tipo, uns 3 ou 4 meses, mas a novidade ainda vale, afinal, acho que não contei aqui, certo. Tinha mais alguma coisa, mas eu esqueci (malz). Se eu lembrar, da próxima vez conto. Ah, e até a segunda ordem, atendo pelo nome de cinderela, ok.


"jumarton got... Cinderela
é minha filha, você nasceu pra se lascar no começo da vida, mas depois vai casar com um homem rico e ficar chiquérrima. CHOQUE PERUA."

Achei adequado e muito digno. E eu nem gosto da Cinderela, né.
Gostou do teste e tem Twitter, faça aqui!

-kisskiss;*
03 dezembro, 2009 2 comentários

Vem pra jantar?!


Tudo é feito de fases nessa vida. Se um dia você está super-contente, no outro pode ser que o mau-humor tenha decidido te fazer uma visita. Achei interessante uma crônica curtinha que li na Gloss de setembro, intitulada "A prima Maldade" (leia a crônica no final deste post). Nela, a colunista Tatiane Bernardi fala da companhia agradável da maldade; de como, às vezes, assumindo sua presença, tornamo-nos mais honestos.


O engraçado mesmo é que sempre discuto sobre isso com um amigo e sempre acabamos a conversa com a mesma máxima: "A gente precisa voltar a ser malvado!". Mas, não entendam esse "ser malvado" como algo do tipo vou-atropelar-alguém-agora. Não! Isso diz respeito a se importar menos com as opiniões dos outros e não tentar ser o mais agradável possível. Aqui corresponde a não tentar ser o melhor amigo de todos, mas buscar ser honesto e, se preciso, desatento, descuidado... e grosso, vez ou outra.

Como eu disse no começo, a vida é feita de fases e, hoje, (in)felizmente, eu estou numa tão graciosa, que até quem me odeia tem gostado de mim. Isso é bom, até certo ponto. Mas, o ruim de ser bonzinho sempre é que você se torna vulnerável demais; e aí, qualquer coisinha passa a ter um efeito tremendo sobre você. Quer uma prova?!

Alguns dias atrás, estava eu vendo tv com meu irmão. Ele decide que vai assistir luta-livre e eu, insistindo que não queria dar ibope para uma sessão de violência gratuita, o convenci a tirar do canal. [Confessando: Aqui em casa, todo mundo adora filme de animação.] E daí, meu irmão coloca no DisneyChannel e eis que, à 1h da madrugada, está passando "A Família do Futuro" (Meet The Robinsons, 2007). Na verdade, quando ele colocou lá já estava quase no fim; tipassim, mais 20 minutos de duração. Como ele já tinha assistido, e eu sempre o encho de perguntas, ele me contou por alto do que se tratava o filme. Bem, bobinho. Mas, quando acabou, foi tão fofinho, que até deu vontade de chorar.

Sério! Não chorava tanto quanto nos últimos 3 meses, desde que tinha 10 anos de idade. Se esse tipo de fase for se repetir a cada década, até estou disposta a pagar esse preço de olhinhos marejados ao menor sinal de um suspiro. Mas, honestamente, não me reconheço. E é por isso que, passado o momento emocional, fico desejando que os saltos altíssimos da prima apareçam a minha frente pra eu poder dar umas voltas com ela de mãos-dadas, jogando beijos para o ar e soltando risadas sarcásticas, sem me importar com nada, a não ser comigo. Acreditem: eu já fui assim e como era bom.

A crônica pra ninguém ficar boiando - Vale a pena, sério! Ainda mais, porque eu tive o trabalhinho de transcrevê-la. ;]

GLOSSCOLUNA
A prima Maldade
por Tatiane Bernardi
Às vezes, minutos depois da chegada, ela desaparece com sua imensa mala vermelha cheia de apetrechos cortantes e pontudos. Tão grande, forte, bonita. Dá uma dor no peito aceitar o tchau, o carro já longe. Eu sei que ela volta, a Maldade não dura muito mas sempre volta. O problema é que dá a maior preguiça começar tudo de novo: as boas intenções, acordar cantando, sorrir que nem boba por aí. Como eu queria, alguns dias a mais, que ela ficasse . Essa prima que vem de longe só porque fico numa saudade infinita e imploro com minha melhor lábia.
Durante sua estadia, como nos divertimos! Mulher se dá bem demais com esse tipo de parente. E vai dizer que o mundo, com suas picuinhas, chatices e falsidades, não merece essa linda e imbatível parceria brilhando ao sol? É preciso sinceridade. Existe essa coisa incrível chamada nobreza de caráter e fofurinha de alma. A vontade de aceitar a vida, perdoar traições, ser amiga de todo mundo, alegrar pessoas. Gostar de gente. Pior: gostar das pessoas como elas são. Mas existe também a anti-heroína ultracharmosa e necessária que vai mentir um pouco só pra rir depois. Vai dar o troco com gosto. Vai fofocar até não suportar mais tanto veneno. É ou não é?
Prima querida, a vida é muito melhor (e mais digna) sem você. Mas quando você vem, junto chega essa sensação de ser inteira e honesta. De saber que tem hora de estender a mão mas tem também a de empurrar um pouco. Santo é tão improvável que vira santo, já parou pra pensar? A Bondade é essa loucura que me leva para longe. Depois, na chuva, no escuro, no frio, na lama, eu pequena, o mundo gigante e quase impossível. Eu olho para o chão e vejo seus saltos altíssimos e de bico fino. É ela que reaparece sarada e maquiada para me resgatar. Aí subo em suas costas e não tem para ninguém.


vide Revista Gloss, setembro/2009, nº 24.

-beijoeudissequevoltava;*
24 setembro, 2009 32 comentários

Relação Clássico X Moderno


Quem disse que dois filmes em nada parecidos, no final das contas não podem tornar-se idênticos?

Após assistir a produção nacional Proibido Proibir (2007) e o "clássico" Juventude Transviada (Rebel Without a Cause, 1955) o sentimento que permanece é o mesmo: desamparo. É até interessante, já que ambos os filmes tratam, de maneiras completamente distintas, do mesmo assunto.


Proibido Proibir narra, a priori, a confusa história de 3 jovens: Paulo (Caio Blat), um jovem e perturbado estudante de medicina, que faz jus a imagem de alguns universitários - bebe muito, se droga mais ainda e pega geral; Leôn (Alexandre Rodrigues), estudante de sociologia - idealista, por natureza, e politizado, mas que não deixa de curtir a vida, também; e Letícia (Maria Flor), estudante de arquitetura e, inicialmente, namorada de Leôn - pra mim, nada mais a define, senão o conceito de romântica.

Ao longo do filme, a história de cada um e do conjunto vai tomando maiores proporções. A confusão do enredo se instaura a partir daí, já que não há um personagem principal, em si. Entretanto, a linha narrativa que, às vezes, deixa o espectador perdido, não foge muito a conhacida estrutura clássica - a mesma presente nos queridos filmes hollywoodianos. Ao que parece, a tentativa das produções brasileiras de distanciar-se da linguagem daquela linha narrativa, mais uma vez frustou-se.


Acho interessante retomar aqui, devido ao teor melodramático do filme, o que Ismail Xavier disse em sua entrevista à Folha Online (e que tive acesso por meio do blog do Lisandro Nogueira), o "cinema brasileiro tem hoje uma afinidade com aquilo que é o ideário das ONGs, é um cinema-ONG". A colocação do professor e crítico de cinema em muito se adequa ao que Proibido Proibir retrata através dos seus 100 minutos de duração.

Mais uma vez, a realidade da favela sofre uma tentativa de destrinchamento. Mais uma vez, não surpreendentemente, a abordagem utilizada é violenta e hostil, além do suficiente. Mais uma vez, a solução não é apontada. Não é a toa que no final do filme, o espectador sente-se desamparado; suas dúvidas são estimuladas demais e não respondidas sequer ao nível do longa, que apela durante toda a narrativa às emoções do público.


Fora da discussão temática, entretanto, encontramos uma estrutura diferente, tomadas de câmera diferenciadas das tradiocionais - apesar de estas também estarem presentes ao longo da narrativa - e uma trilha sonora saborosa, que estimula a percepção do espectador na medida certa, provocando momentos de hedonismo puro e/ou momentos de tensão extrema.

A fotografia, como a meu ver, na maioria dos filmes brasileiros que já assisti, deixa um pouco a desejar, já que a luz é limitada e a câmera, nenhum pouco fixa, atrapalha boa parte das tomadas panorâmicas que seriam mais belas, caso o recurso não fosse tão recorrente. Mas, quero deixar bem claro, que não sou uma fiel das telonas quando o assunto é produção nacional e não me orgulho disso.

No extremo oposto de Proibido Proibir, com relação à técnica, está Juventude Transviada. O filme é estrelado (e aqui, faço questão de usar esse termo, já que o ator é um dos refereciais do cinema da década de 50) por James Dean, o galã que fez a cabeça de muitas moças na década de 50, incluindo minha avó. Aqui, da mesma maneira, o longa narra a história de 3 jovens, contudo, o foco da trama está em Jim Stark, um jovem rebelde que está mais para carente e problemático do que outra coisa.


É difícil se desvincular da trama e partir para uma discussão quando se trata de filmes que não se propõe ao debate. Com isso, o melhor a se fazer é fugir do desmembramento da trama e partir para os aspectos que Bordwell (só achei um artigo decente sobre ele em inglês) propõe. Sim! Juventude Transviada atende a quase todos os requisitos de um bom clássico: personagens bem definidos e como agente da ação, relação espaço-tempo definida, duas linhas de enredo, formato das cenas, etc. A estrutura presente ali é inegável.

Contudo, algumas questões fogem ao padrão tradicional de concepção dos filmes americanos, como tomadas de camêra diferentes e contraposições que insinuam mais do que o próprio Griffith seria capaz de utilizar em seus filmes. Neste longa, as concepções morais vigentes da época fogem ao modelo proposto pela sociedade, tanto é que, o jovem Jim em todo o momento confronta o próprio pai e, não tão distante, na casa ao lado, a bela e moderninha Judy (Natalie Wood) sofre com os pais que, pare ela, são demodès.


Os longos 110 minutos de duração do filme, que não ultrapassam 2 noites e 1 dia do tempo ficcional, propõem-se a questionar a autoridade paterna perdida em uma "juventude transviada", cujo maior exemplo é o pai de Jim, Frank Stark (Jim Backus).

A história, como todo bom clássico, é envolvente e interessante. Mas, tendo em vista a sociedade hiperestimulada em que vivemos (vide Ben Singer in Modernidade, hiperestímulo e o início do sensacionalismo popular), o filme não corresponde muito ao que esperamos: muitos e rápidos cortes, um aglomerado de cenas intimamente conectadas e muitos recursos de redundância que tornam o espectador mais ciente do desenrolar da trama.

Aqui, diferentemente de Proibido Proibir, a fotografia está mais bela, talvez devido a apreciação da estética que era mais valorizada na época, o que também inclui uma maquiagem muito bem feita e cenas belamente executadas.

Já a trilha sonora, foi-me uma experiência inadequada, diferentemente da idéia de "cimento" que a professora Simone Tuzzo propõe (A música no cinema: emoção e arte), a trilha de Juventude Transviada não consegue casar bem as cenas ou adequar-se à emoção que aquela cena deveria passar. Durante a minha experiência com o filme, senti-me até incomodada.

= Desalento contemporâneo

O que torna os dois filmes tão diferentes e tão semelhantes ao mesmo tempo, para mim, é o simples fato de o espectador ser desamparado de um final, o que já era "esperado" no caso de Proibido Proibir, não eximindo o poder de desalento do longa. Entretanto, Juventude Transviada também dá ao público essa sensação de descuido com o final do filme.

Não falo de happy-end's, afinal não necessito de casais felizes para sobreviver, mas um desfecho, algo em que se apoiar depois de quase 2h sentada assistindo a um filme que não se dá ao trabalho de responder o que o mesmo propõe. Alguns vão dizer, que é isso que dá ao filme esse ar contamporâneo e até moderno. E concordo, até certo ponto. Sei que parece muita revolta, mas desamparo acaba provocando esse tipo de sentimento, pelo menos em mim.

Indico ambos os filmes! Juventude Transviada é um clássico da década de 50 que todo mundo deveria assistir, senão pra discutir o cinema da época, pelo menos pra apreciar James Dean que está muito bem no filme. Além disso, todo o elenco foi muito bem formado, e criei uma empatia muito grande pelo personagem de Sal Mineo, que atua muito bem durante todo o filme.

Quanto a Proibido Proibir, indico também. Mais pra quem gosta do gênero sócio-politizado dos filmes brasileiros do que pra quem adora uma bela comédia romântica típica de Hollywood *não que não dê pra apreciar os dois tipos, né*. Os dois filmes valem a pena e suscitam debates e dúvidas. Ficadica.

-beijoassistamecomentem;*
19 setembro, 2009 11 comentários

Despedida


Sabe, amor.

Você já deve saber o motivo desta carta. Mas, antes que, como sempre, assim como eu, crie falsas idéias e esperanças mornas, já direi que sim, estamos terminando. Não há e nunca houve nada de errado. Todo esse tempo em que estivemos juntos foi, sem dúvida, fantástico. Paixão impetuosa e avassaladora. Não há dúvidas em minha mente. Ainda sinto-me assim, devo confessar. Mas, talvez seja esse meu conflito.

Hoje sinto que nada disso mais se sustenta, e que não haverá amor no mundo suficiente para nos manter juntos. A verdade é que fomos teimosos desde o começo, brincamos com a ordem das coisas, fizemos do destino nosso joão-bobo particular. Você sabe, assim como eu tenho isso muito claro, que não fomos feitos um para o outro. Somente a nossa insistente obstinação nos fez continuar juntos ao longo desses anos. Imagine só! Quanto tempo mais poderíamos continuar nos enganando e enganando a todos sobre esse predestinamento que só existe nas mentes mais confusas e irracionais?!

É quase sádico esse amor entre nós. Sofrimento que gera a felicidade. A certeza de um amanhã inexistente que nos estimula a prosseguir... Momentos! Instantes de alegria e satisfação plena com nosso próprio ego que nos permitiu desejar mais e mais a cada dia, hora, minuto... Não que tudo tenha sido fantasia. De modo algum poderia argumentar por meio desse viés. O que tivemos foi, acima de tudo, absolutamente real, intenso e nada poderá jamais mudar isso.

A verdade de nosso relacionamento, entretanto, sempre esteve na velocidade com que conseguíamos desvencilhar-nos do futuro que estava bem ali, escancarado a nossa frente. E no qual, não poderíamos fazer parte um do outro. É verdade que amor implica abrir mão de projetos e objetivos pessoais em favor dos coletivos. Mas, convenhamos, nunca fomos assim, amor. Nunca estivemos dispostos a renunciar nossos ideiais e futuros certos. No fundo, sempre soubemos.

E o que mais fere, mas que também traz um retalho de dissimulado deleite a nós, é que sempre estivemos preparados para o fim. Isso foi nosso combustível. O que me fez lutar pelo lugar ao seu lado. O que te fez deixar sua situação de conforto para me colocar ao seu lado. Fomos corajosos demais. Lutamos por uma causa já vencida, mas defendemos nossa doce ilusão de felicidade, mesmo que esta fosse passageira.

O que fazer com esses dois jovens e teimosos corações totalmente apaixonados que provocam um ao outro e têm nisso seu real motivo de satisfação e desejo? Não digo que essa foi a decisão mais fácil a ser tomada, mas com certeza não foi a mais difícil. É como sempre nos dissemos, afinal já sabíamos que esse momento chegaria e geraria incertezas, não quanto a certeza da escolha, mas quanto a necessidade imediata de se tomar a direção que nos afastaria.

Cresci com você. Tanto aprendi sobre o outro, quanto sobre mim. Acredito que você também tenha crescido. Todavia, chegou aquele momento, que nem sei dizer, esperamos ou adiamos demais. Hora de dizer adeus. Hora de se afastar. Hora de seguirmos nossos caminhos que jamais teriam se cruzado não fosse nossa birra com o destino, com o futuro... Tenho certeza que grandes possibilidades nos esperam, cada qual a seu modo, em um amanhã próximo e exato.

Talvez, num de nossos momentos de insanidade e imprudência, quase nos arrependamos. Mas, não é isso que espero de você, ou de mim. Sinceramente, só necessito seguir em frente, assim como você. Não quero esquecê-lo. E, creio, jamais seria capaz de tão grande e impossível missão.


Contudo, estou disposta a guardá-lo, junto com o turbilhão de sensações e sentimentos que você desperta e sempre provocará em mim, em um lugar que somente eu terei acesso. Para que, quando num dia distante do presente, nos cruzarmos na rua, possa olhar bem no fundo de seus olhos castanhos e ter a certeza de que fui feliz em nossos dias. Ou melhor, de que fomos felizes.
Amo você.

Sempre sua.

Meme

Todos devem ter se assustado um pouco com o teor dessa carta, mas isso foi apenas um meme que essa louca blogueira respondeu. Fui indicada pela Fran Rodrigues, uma jornalista inspiradora e escritora de mão-cheia. A intenção é de que os indicados escrevam uma carta de rompimento com o(a) namorado(a). A Fran contou no Lente de Contato que "a idéia foi inspirada na exposição Cuide de Você, da francesa Sophie Calle, que convidou 104 mulheres para interpretarem um email de seu ex-namorado que gostaria de romper o relacionamento" dos dois. E foi por isso que fiz esse texto louco, pra combinar comigo.

As regras da brincadeira sãoa s seguintes:
1. Escrever uma carta como se você estivesse rompendo com seu (sua) namorado (a);
2. Escrever estas regras e uma breve explicação do que é o meme (que está aí em cima);
3. Indicar cinco pessoas.

Os meu indicados também meio loucos como eu são o Túlio, a Paulinha Falcão, o , a Josie e o Rubs.

Espero que tenham gostado e, principalmente, que tenham se assustado mais ainda depois do último post. Hahaha. ;D Eu andei relapsa após a última vez, porque meu tempo estava muito corrido, sério! Mas, tenho boas idéias ou não tanto assim de novos textos para os próximos post.

-beijoesquece;*
07 setembro, 2009 17 comentários

Lógica das Paixões



Todas as imagens foram obtidas através de pesquisa no Google, nenhuma carecia de créditos, pelo menos, não imediatamente.

Hoje vou contar uma história sobre uma garota, de seus 20 e poucos anos. Quero usar o exemplo dela pra ilustrar duas lições que levam a dois caminhos totalmente distintos. Ao contrário do que ela costumava ser e transparecer, não era  uma pessoa tão fria e insensível como todos imaginavam. Mas, não era novidade pra ninguém que ela nunca havia namorado. Não estou dizendo que as pessoas encaravam isso com normalidade, mas é fato, e elas opunham-se aceitavam o fato. Contudo, em toda sua não tão longa vida,  ela já havia se apaixonado 3 vezes e cada uma delas havia sido bem diferente da outra e em fases totalmente distintas também.


A 1ª vez que aconteceu, ela tinha entre 8 e 10 anos de idade, coisinha boba de criança, mesmo. Tem gente que vai dizer que, provavelmente, ela não estava apaixonada. Do que eu discordo totalmente, já que as crianças também sentem e, como o ser humano está fadado a se sentir atraído pelo sexo oposto ou não, né, as crianças também se apaixonam. Era um coleguinha de classe. Estudaram juntos da 2ª à 4ª série, e ela sempre foi caidinha por ele.

Mas, assim como sempre acontece na infância, e temo dizer, na vida adulta também, as pessoas tendem a esconder seus sentimentos, e foi assim. Anos mais tarde, ela acabou descobrindo que ele também gostava dela e que todas aquelas perguntas nas brincadeiras de Verdade ou Consequência?! nas sextas-feira após a aula eram um modo de ele e os amigos tentarem decifrá-la. Ela chorou por nunca mais vê-lo e depois, como toda garota, ela o esqueceu.


A 2ª vez em que ela se apaixonou por alguém foi mais diferente ainda, uma espécie de amor platônico totalmente não-correspondido, já que, e ela hoje tem certeza disso, o tal garoto nem fazia idéia de que ela existia, quanto mais do nome dela. Essa paixonite também durou algum tempinho, algo que ocorreu mais ou menos entre seus 12 e 15 anos e também concordo que ela tenha se apaixonado sim, de um modo meio irracional talvez, mas que adolescente não é boba e iludida, não é?! Sempre tinha aquela sensação estranha e boa quando topavam, mas eles nunca conversaram mesmo, na verdade. Ela chorou por ele nunca a ter notado e depois, como toda garota, ela o esqueceu.

A 3ª vez em que ela se deixou apaixonar por alguém, foi ainda mais diferente. Dessa vez ela já era uma jovem amadurecida, ou pelo menos, semi-amadurecida, e a pessoa em questão, objeto de sua paixão, era alguém que ela conhecia, e com quem, pela primeira vez, ela viu a possiblidade real de acontecer alguma coisa. Ela notou desde o princípio seu encantamento e, permitiu que esse deslumbre inicial se transformasse em sentimento.



Isso aconteceu há pouco tempo, e não durou tanto quanto as outras paixões que ela teve, foi coisa de poucos meses. Dessa vez, a coisa foi um pouco mais traumática e ela descobriu que havia outra, justamente no dia em que havia decidido comunicar, por assim dizer, seus sentimentos ao tal. Eles continuam bons amigos, como sempre foram. Ela chorou quando descobriu que nunca saberia o que poderia ter acontecido entre eles e depois, como toda garota, ela o esqueceu.

A paixão é uma coisa meio irracional, mas, na minha opinião muitíssimo opcional, já que, até mesmo, as menores escolhas que fazemos, como entre sorrir ou acenar efusivamente para alguém, influem diretamente na maneira como nosso cérebro ou, no caso, coração, vai entender e interpretar aquela atitude e/ou situação. A garota da história nunca chegou a amar alguém, de fato [a não ser seus amigos e familiares]. O que também é motivo de confusão para algumas pessoas.


Amor envolve muita proximidade e intimidade. Você não ama aguém que não conhece, realmente. Você ama quem tem convívio com você e com quem você divide a vida, em si. A paixão está muito mais relacionada a instantes e sensações momentâneas. Momentos em que olhares se cruzam, ou em que sorrisos se encontram. Sensações clássicas de borboletas no estômago e de mãos frias. Quem acha que isso é amor, muito se engana.

Bom, as lições que podem ser extraídas da história dela e que eu gostaria de mostrar a vocês são duas. Antes, quero lembrar, que cada uma delas leva a um caminho totalmente diferente do outro e que, a primeira sempre será a melhor opção, mas nem sempre a mais fácil de ser executada.

1ª Lição: "Nunca deixe para depois o que você pode fazer hoje"
Se hoje em dia apaixonar-se já é tão difícil, perder a pessoa por quem se está apaixonado então, é mais difícil ainda e doloroso. Então, fale logo! Quanto antes você compartilhar aquilo com a pessoa, antes você terá uma resposta, mesmo que esta, a priori, não seja a desejada. O importante é que você terá um final, ou uma continuação. Pelo menos, não ficará se perguntando o que teria acontecido se tivesse, enfim, falado. Exponha-se, mostre um pouco de si. Isso deve e vai ajudar na sua recuperação, caso precise após uma resposta negativa, e amadurecimento.
2ª Lição: "Não se apaixone"
Não me diga que isso é impossível, pois não é. Já expliquei no começo que apaixonar-se consiste nas decisões que você toma ao longo de sua vida. É por isso que alguns se apaixonam por todos e outros por ninguém. Aprenda a se controlar e, principalmente, conheça-se! O segredo do auto-controle está em se conhecer e saber quais são suas idéias, limites e tendências. Se você tem tudo isso muito claro em sua mente, fica bem mais fácil de controlar as situações e suas conclusões, e até mesmo a entender mais o outro. Mas, como eu disse, essa é a opção dos pessimistas.

A quem interessar possa, a garota da história sou eu yeah! expondo-se mais uma vez! batam palmas pra ela. Nós autores, somos sempre o melhor exemplo a ser dado. Contradiga-me quem achar que eu estou errada.

-kissdon'tcallmenow;*
04 setembro, 2009 14 comentários

Descubra-O!



 Reflexão crítica sobre o best-seller A Cabana, de William P. Young. 
Para ler ouvindo Novo Tom! AQUI.

[Imagem tirada do site oficial de A Cabana - The Shack Book]

A mesma linha narrativa que David W. Griffith adaptou da literatura inglesa, por meio dos contos literários de Charles Dickens do século 19, para o cinema que ficou conhecido como clássico, é a que está presente até hoje e que prende milhares de leitores todos os anos aos chamados best-sellers. Esta foi uma das impressões fortes que permeou a leitura que fiz de A Cabana, de William Paul Young, que ocupou o primeiro lugar da lista dos livros mais vendidos do The New York Times. E não desmerecidamente, já que a leitura fez-se singular em toda minha experiência literária *e não digo que seja grande ou boa o suficiente* até hoje.

Contudo, não foi tal desenvoltura literária, ou a presença de uma narrativa tão saborosa e atraente que nos conduz a cada página, que voltou minha atenção para este livro, mas a possibilidade de ver algo além do que os olhos enxergam usualmente. A Cabana foi uma experiência deliciosa do início ao fim, apesar de trazer um tema ao qual já estamos acostumados a ter uma série de pré-conceitos e valores e que o tornam indiscutível, Deus. Admito que a história de Mack Allen fez-me repensar muito daquilo que eu imaginava compreender e/ou conhecer.

[Imagem retirada do OverMundo - Autoria: Saulo Schunk]
O livro narra a história de um homem que, num dado momento de extrema dificuldade emocional, devido a uma série de acontecimentos, encontra-se com o Criador, literalmente. Entretanto, diferentemente do que nos acostumamos a ouvir e/ou pensar, essa história não se pretende uma convertedora *sim! essa palavra existe. eu pesquisei* de novas almas, tampouco tenta levá-las até a igreja mais próxima. Na verdade, é uma viagem de conhecimento a Papai.

Render-se à Cabana, afinal, é uma escolha, como todas nossas atitudes são e todos os aspectos de nossas vidas implicam. No final, é como o que Griffith conseguiu fazer com que o cinema captasse da literatura: um turbilhão de dúvidas e questionamentos invadem nossa mente, fazendo-nos repensar... repensar nossos conceitos e valores; repensar a forma como encaramos Àquele que nos criou *ok, eu aceito se você não acredita. me aceite também*; e, principalmente, repensar nosso relacionamento com Ele e todos que nos cercam.

[Imagem pesquisada por meio do Google]

Faço um convite à leitura! Se você acredita ou não, leia! Se você vê Deus como um velhinho ranzinza e de barbas brancas, leia! Se você não sabe o que pensar a respeito dEle, leia! Se você ama sua religião, ou se detesta todo tipo de dogma, leia! Afinal, paradigmas foram feitos para serem quebrados. Quer saber?! Quando terminei de ler, após 4 dias de leitura insaciável *sou fanática, lembram?! devoradora de livros*, cheguei à conclusão de que não sou cristã; sou apenas filha! Descubra A Cabana!

-beijoencontre-se;*
31 agosto, 2009 5 comentários

Blog Day!



Hey, gentchy! Acabei de descobrir que hoje é #BlogDay! Vi no blog da Juli, o Garotinha Juvenil. E decidi aderir também. Segundo ela, o #BlogDay foi criado para que os blogueiros dediquem um dia a conhecer de novos blogs, de outros países ou áreas de interesse. Nesse dia os blogueiros devem recomendar novos blogs aos seus visitantes! Esse aqui é o site oficial da data: Blogday.Org.

As minhas recomendações são:
Trendy Twins by Gêmeas Boa e Má
Flores no Deserto by Lany Pequena
Just Lia by Lia Camargo
Dana-box by Lorena Gonçalves
Ouvidos Mudos by José Eduardo (Zé!)

Ano que vem, mais indicados!
Happy #BlogDay to bloggers, all them!

-beijofelizdiablogueirosdeplantão;*
3 comentários

Resultado da Promoção 1 Ano de JE!



Finalmente chegou o dia do sorteio do DVD de The Butterfly Effect (Efeito Borboleta, 2004). Tivemos, ao todo, 40 pessoinhas participando da Promoção 1 Ano de JE!, e uma delas foi a sorteada! O número 11 foi gerado pelo site Random.Org.
E quem ganhou foi a Marcela Guimarães (do BuzzStop). ! Eu já enviei o email pra ela, e caso ela não responda até quarta-feira, um novo número vai ser sorteado, tá bom. 

A lista dos participantes por ordem de inscrição:

1. Sayonara Morais - Natal/RN
2. Péricles Carvalho - Goiânia/GO
3. Rafael Dias - Goiânia/GO
4. Karina dos Santos - São Paulo/SP
5. Marcilany Rodrigues - Teresina/Piauí
6. Karime Nunes - São José dos Campos/SP
7. Rebeca e Jota Cê - Fortaleza/CE
8. Cristin - São Paulo/SP
9. Rubens Salomão - Goiânia/GO
10. Lorena Gonçalves - Aparecida de Goiânia/GO
11. Marcela Guimarães - Aparecida de Goiânia/GO
12. Bruno Rodrigues - Aparecida de Goiânia/GO
13. Vinicius Config - Goiânia/GO
14. Túlio Moreira Rocha - Goiânia/GO
15. Lucas Gomes - Ouro Preto/MG
16. Vanessa Nunes - Itajubá/MG
17. Nana Cawaii - São Paulo/SP
18. Paula Falcão - Goiânia/GO
19. Theodora Beluzzi - Apiaí/SP
20. Karmen Karoliny - Montes Claros/MG
21. Kelvin Krishna - São Paulo/SP
22. Natalia Zolla - Bebedouro/SP
23. Vanessa Alves - Aparecida de Goiânia/GO
24. Alessandra de Queiróz - São Paulo/SP
25. Suzana Moreira - Saquarema/RJ
26. Mércia Peixoto - Petrolina/PE
27. Bruna Castro - Santo Antônio do Monte/MG
28. Lilian Hatori Colella - São Caetano do Sul/SP
29. Gisele Fagundes - Santa Bárbara do Oeste/SP
30. Bruna Silva Felipe - Curitiba/PR
31. Ana Carolina de Jesus Dornelles - Belo Horizonte/MG
32. Laiana Garcia - Rio de Janeiro/RJ
33. Pâm Gonçalves - Tubarão/SC
34. Jéssica Dourado - Carapicuiba/SP
35. Daiane Magalhães - Jundiaí/SP
34. Isabella Cometti - Caruaru/PE
35. Eliane Tatei - São Paulo/SP
36. Carlos Alexandre Cavarzan - Goiânia/GO
37. Quétili Lamperth - Santa Maria/RS
38. Kimie Konishi - Recife/PE
39. Bruna Costenaro - São Paula/SP
40. Caroline Araújo da Silva - São José dos Campos/SP

É isso aí, gentchy. Tomara que venham mais datas especiais pra nos presentearmos!. \o/

-beijomandoemailseprecisar;*
30 agosto, 2009 6 comentários

Quem disse que eles têm que gostar de futebol?



Como a maioria de vocês sabe, eu sou uma daquelas garotas eleitas pra ser melhor-amiga, leia-se brother, dos garotos, e sim, eu adoro isso! Talvez seja o fato de ter crescido entre garotos (2 irmãos e um MONTE de primos fazem isso a qualquer garota). Mas, eu não sou nem de longe, uma daquelas garotas maria-machão que tem por aí. Sou Penélope (Cadastrem-se meninas, é muito legal e as premiadas vão receber kits bem legais!) por natureza: sintonizada com tudo quanto é tipo de informação, mas sem abrir mão de ser muito, mas MUITO feminina!

Já disse aqui que quando chego em qualquer rodinha de amigos/meninos o assunto que rola solto é o tal do futebol. É um tal de "quanto ficou o jogo?" pra cá e "como tá a classificação?" pra lá sem fim. Mas, eu não reclamo, não. Adoro! Até porque, confesso, sou torcedora mesmo, vejo tudo quanto é jogo e acompanho o Brasileirão, sim! O fato é que, de uns tempos pra cá notei certas diferenças no comportamento dos rapazes, e vou eleger 4 personagens principais aqui pra esse texto e eles fazem parte do 2º grupo:

1º. Os Fanáticos: Tem os Mistos de São Paulo e Goiás, de Corinthians e Goiás, de Palmeiras e Vila-Nova, tem o Goiaba - entre outros Esmeraldinos -, tem o Santista, tem aquele que torce pelo Dragão, tem aqueles que insistem em torcer pro Porco, tem os perseverantes, mais conhecidos como flamenguistas, e tem até quem torce pela Lusa.

2º. Os Indiferentes: Tem o que elegeu a F-1 como substituta, tem o que prefere jogar a assistir jogos, tem o que detesta futebol e é provável que ele nem queira ler esse texto quando vir qual é o assunto. mal sabe ele, que ele é o assunto e tem o que não entende e não faz questão de entender.

Bom, pensando a esse respeito, cheguei a conclusão de que, hoje em dia, não é mais necessário gostar de futebol pra ser homem de verdade, por assim dizer. Acho interessante quando penso no passado e observo que, antigamente, aquele priminho que não gostava de ir pra rua esfolar o dedão correndo atrás de uma bola, ou de sentar no domingo a tarde em frente a uma tv para assistir a qualquer jogo que estivesse passando, não era considerado o mais homenzinho da turma. Além disso, todos os garotinhos eram criados para serem torcedores de algum time, em geral, o dos pais remetendo-me àquela propaganda do Ser torcedor.


Ao que parece, quando a gente cresce, passa a entender que aquilo não importa tanto assim ou, como no caso dos fanáticos e eu tomo a liberdade de me encaixar nesse grupinho, passa a entender a coisa de outra forma e a ter aquilo como um hobby. Bom, mas não é sobre quem gosta que eu quero falar, mas sobre algumas situações específicas envolvendo meus 4 amigos indiferentes ao futebol.

Outro dia, conversando com o 2º tipo, cai na real de que nunca havia conversado com ele sobre times, ou qualquer coisa. Perguntei a ele se torcia pra algum, ao que ele me respondeu que sim, mas que não acompanhava jogos, preferindo ir bater uma bolinha com a galera, ao invés de gastar seu tempo acompanhando uma tabela. Engraçado foi o que eu respondi: " - Nossa! Mas, desse jeito eu to bem mais menino que você, hein!". Rimos juntos.

Outra situação engraçada envolve nosso fanático por F-1. Acho graça que ele se diz torcedor do Corinthians só uma de nossa milhares de coinscidências malucas, daí quem passa os resultados dos jogos sou eu e ele me informa das corridas, quando conversamos regularmente, já que as mineiras têm chamado mais sua atenção, ultimamente ou seriam as paulistas?! piadinha interna, plx.

Com os outros dois a coisa é um pouco mais séria, a situação tende a ficar um tantinho mais tensa. Nenhum deles é daqueles que deixa o assunto de lado, só porque não gosta. Um, não perde tempo em me atacar calma, nada tão violento quando toco no assunto, ou falo algo a respeito do meu #Timão. O outro, indigna-se quando me vê falar e/ou escrever a respeito, mas também o mesmo ocorre quando falo de coisas na concepção dele tolas e/ou fúteis tipo, a cor do meu esmalte.


O interessante disso tudo é que, com eles, não tem fórmula a seguir. Não preciso, necessariamente, saber da última atualização da tabela do Brasileirão, mesmo que eu saiba. Não que, com meus outros amigos, não existam outros assuntos, mas é que, com esses 4, em especial, há algo diferente. Se, eu sou uma brother, posso deliberadamente, encará-los como sisters. Não que não sejam homens ou lhes falte masculinidade, muito pelo contrário. Eles sabem ser caras sem ser torcedores, assim como eu sei ser garota sendo um grande brother.

Tirando tudo isso, o que fica é que, atualmente, na sociedade moderna e liberal em que vivemos, não existem, obrigatoriamente, coisinhas de menina e interesses de menino. Hoje tudo é mesclado. Assim, muitas garotas gostam e entendem do tal futebol, ou de F-1, e tem até aquelas geeks, assim como tem garotos que gostam de estudar idiomas, ou de aprender teoria musical, e até de se cuidar, como é o caso dos metrossexuais. Não sei, ao certo, até que ponto essa inversão de valores é interessante. Mas, até agora, foi bem legal pra mim. Afinal, quem disse que elas têm que gostar de bonecas e brincar de casinha para serem mulheres interessantes? eu e minhas conclusões nada conclusivas

-beijomeucelvaificarinativo;*
24 agosto, 2009 14 comentários

We need Cats! ♥

No sábado passado (15/08) eu assisti 2 filmes de madrugada. Tive uma insônia camarada e resolvi ficar vendo Tv até que o sono resolvesse me fazer uma visitinha. Quando liguei a Tv, tipo 23h, estava começando Pinocchio no DisneyChannel. Tinha uma idéia do filme, mas não muita certeza de que estava certa quanto à história do animado. Decidi assistir pra tirar a prova dos sete.

[Fígaro e Pinnochio, sem sinal de virar "menino de verdade!"
- Imagem retirada
DESTE post do Quizilla]

Realmente, à 1 e pouco, quando acabou o desenho, eu tive a certeza que nunca mais assistiria àquele filme. Não gosto e nunca gostei. Essas coisas de raposas malvadas e baleias satânicas não são comigo prefiro FreeWilly, nesses casos, haha, além do mais, aquela coisa de "menino de verdade!" que o Pinocchio repete umas 10 mil vezes durante o filme me irritou bastante. Entretanto, têm dois personagens que, definitivamente, adoro nesse filme e um deles me fez ter uma reflexão danada que culminou nesse post.

O 1º é o Grilo Falante, a nossa querida Voz da Consciência - achei bem legal (de novo) a sacada de colocar um bichinho mínimo e mágico para ser o guia do menino de madeira. O 2º quem achou que seria a Fada Azul, errou é o Fígaro! O gatinho do Gepetto é uma graça, ele é todo fofo e sim!, foi ele que me fez pensar. Nada de reflexões muito absurdas ou revelações de um mundo melhor. Só fiquei pensando que, afinal, eu quero um gato!



[Toulouse, Marie, Berlioz em The Aristocats
- Imagem retirada DESTE post do Onelion's Weblog]

Eu nunca tive um gatinho e tenho pra mim que é por isso que achava que não gostava. Fui criada pra isso, afinal. Todos somos. Tem-se uma cultura boba de que gato não é um bichinho de estimação muito companheiro, ou que é arisco demais, ou que é independente demais, ou até que é traiçoeiro demais me mato, mas não revelo a fonte dessa última injustiça. Daí depois de ver aquele gatinho lindo que é o Fígaro eu fiquei com isso na cabeça.

Além do mais, eu adoro The Aristocats, e eles são todos gatos que cantam ainda por cima. me divirto!. Também tem o Cheshire Cat, de Alice In Wonderland ele é muito medonho, às vezes, mas é um mestre (Aliás, estou esperando ansiosamente pela estréia do novo filme!). Tem ainda o Tom, o Frajola e o Gato de Botas.

[Chesire Cat *Gato Mestre* in Alice in Wonderland
- Imagem por meio do Google]

Já tinha começado a perder a minha neura com os bichanos há um tempinho, devido às incontáveis blogueiras que amam gatos, uma delas, minha amiguinha @lany_pequena (Flores no Deserto) também tem um gatinho, o Melado! Além disso, tem outras blogueiras, como a @kittykills (Just Lia), que tem 2 gatinhas, a Kitty e a Mimmy. Com tudo isso atravessando minhas idéias, até pensei em começar uma pseudo-campanha aqui em casa, pra que eu ganhasse o meu, até porque, meu irmão faz Veterinária e ele poderia pegar um dos filhotinhos-fowfos que tem pra adoção no Hospital da Escola de Veterinária lá da Federal.


[My babies: Rubi, Coqueta e Jade - da esquerda para a direita
- Imagem tirada especialmente para esse post!]


Mas, ao menor sinal da minha greve de fome
até parece que eu faria isso. é só pra dar um ar de tragicidade ao texto, ok, a momis já foi me cortando! Tá, confesso. A gente tem 3 bebês em casa. Quer dizer, elas nem são mais tão babies assim, a mais velha já tem 7 aninhos completos. São 3 cachorrinhas e minha mãe não fica muito feliz com a idéia de ter mais um animalzinho em casa pra cuidar se bem que eu iria assumir tudo, né. Além disso, meu pai, definitivamente, não gosta de gatos. ;x E ele se torna uma pessoa muito malvada olha o exagero quando esse assunto entra em pauta.


[Gatinho da Whiskas - Imagem encontrada através do Google]

Então já me conformei, que só vou poder ter meu gatinho quando tiver meu próprio cantinho, enquanto isso, vou ficar assistindo a propaganda da Whiskas e babando naquele gato-jaguatirica liêndo que sempre aparece e também ouvindo a trilha sonora de The Aristocats que é muuito divertida. Assistam o clipe da minha favorita e ThemeSong do filme AQUI!
-beijoligoseder;*
 
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