27 novembro, 2008 4 comentários

Encante!

Já percebeu como as pessoas encantam-se umas com as outras? Eu, por exemplo, sou encantada com um monte delas, seja por serem doces, seja por serem engraçadas, seja por me fazerem pensar em coisas que sozinha eu jamais pensaria. Eu não diria que se encantar por alguém seja a mesma coisa de se apaixonar. Não, o encantamento é algo muito rápido, é bem momentâneo, basta uma simples atitude pra você se encantar com alguém, talvez até um palavra. Mas, às vezes, esse encantamento perdura por muito tempo. Meus encantamentos a longo prazo são geralmente por meus amigos, ou pessoas que provavelmente passem a fazer parte dessa "categoria" *escolha péssima de palavras, coisas de Juliana*. Eu diria melhor, minhas amizades são baseadas no encantamento que as pessoas geram em mim. Mas o encantamento não acontece só de pessoa pra pessoa. Não, às vezes você se encanta por um filme, no meu caso 50 First Dates *unhum, filmezinho bobo*. Eu já assisti várias e várias vezes e nunca me cansei. Talvez quando meu encantamento por aquela historinha terminar eu canse. O encantamento provoca justamente isso. Quando você está encantado por algo, ou alguém, você não se cansa daquilo, o que pode ser um filme, uma música, uma conversa, uma pessoa... Posso afirmar que o encantamento é uma coisa boa, e que ajuda sempre. Afinal é sempre bom, por exemplo, conversar com alguém encantador, assistir a um filme encantador, ouvir uma música encantadora, e até mesmo, passear por um lugar encantador. Encante e se deixe encantar, é divertido e faz bem, muito bem. 
25 novembro, 2008 2 comentários

Learning.

Eu tenho uma qualidade que ultimamente não tem colaborado nada para o meu crescimento. Sinceridade. Sim, é claro, eu sou a primeira a elogiar se algo ficou bom, se foi legal, mas também sou a primeira a criticar se algo não deu certo. Além do mais, a minha sinceridade baseia-se muito de com quem estou. O ruim disso é que como sei, no mais íntimo do meu ser, que posso ser verdadeira com meus amigos, são eles que acabam sofrendo com as conseqüências dessa minha falta de papas na língua, ouvindo coisas que não deveriam e engolindo muita grosseria que apronto. Sim, eu sou direta, e isso é muito bom em muitas coisas, porque assim não deixo que minha mente agarre-se a fantasias, contudo é péssimo, já que quando algo não está conforme a senhorita aqui esperava, sai de baixo quem estiver por perto. Não é nada fácil conviver comigo, ainda mais quando estou de mau-humor. Nem eu mesma me suporto. O que mais tem me causado revolta/paranóia *sejaláoquefor* é que tenho ouvido coisas estranhas de pessoas que eu nunca esperei ouvir algo do tipo. Isso causa a minha indignação, e como não consigo ser eu com "coleguinhas", acabo descontando em quem não merece, na maior parte das vezes, em que se importa comigo. Fico triste, realmente chateada com isso. Ainda bem que não existe nada como um dia após o outro. E se hoje o céu está nublado, amanhã pode ser que surja o sol. *começou o senso comum ¬¬* Bom, é o que espero, pelo menos. Mas é provável que amanhã amanheça chovendo. Infelizmente, o sol não aparece só porque queremos. Se eu errei, você pode não errar. Acabei.
11 novembro, 2008 3 comentários

Desista



Ela estava com um sono arrebatador, e miraculosamente havia conseguido um lugarzinho naquele que deveria ser o local de descanso. Estavam todos tão inertes em seus sonhos. Todos imobilizados pelo repouso diário. Ela não costumava se dirigir àquele local, mas era caso de vida ou morte. As pálpebras lhe caiam como um peso, e seu corpo pedia sossego. Por sorte teria um tempinho entre uma aula e outra, e assim poderia tirar uma horinha de sono bem-dormido. Mal deitou e fechou maciamente seus olhos, gritos inundaram a sala. Ela deu um pulo no sofá empoeirado e envelhecido. Olhou em volta, e viu que aquele grupinho barulhento acaba de entrar. Desistiu. Levantou-se, colocou a mochila nas costas e se foi ler um livro qualquer. Ganharia muito mais lendo do que desejando a morte daqueles seres odiosos. Não adiantaria nada tentar dormir. Eles nunca ficariam calados.
08 novembro, 2008 2 comentários

Find yourself

Um dia a gente cansa de tentar compreender. As pessoas são complicadas e você mesmo é complexo demais. Se nós mesmos não conseguimos nos compreender, por que a insistência em tentar entender o mundo, ou as pessoas que o formam? A vida é muito mais do que agir sempre pela razão que nosso cérebro treinado e adestrado tenta. A vida deve ser sentida. Assim como saboreamos uma doce torta de chocolate... como apreciamos cada pedacinho daquela massa que derrete dentro da boca. Cada momento é tão único, e às vezes, você acaba com aquilo pelo simples fato de não ser o que você esperava. Não importa, na verdade, se você faz o que popularmente seria o "curtir a vida", mas o que é "curtir a vida" pra você. Não é a toa que alguns completam 100 anos de vida, em plena saúde. Mesmo que isso signifique subir numa árvore e ter que ser resgatado por bombeiros. A vida foi feita para ser vivida, literalmente. Não estou dizendo que você tem que viver até os 100 anos pra ser alguém realizado, ou que viver até os 100 anos seja sinônimo de uma vida plena. Não.! Cabe a cada um encontrar aquilo que o fará feliz, nem que seja por um momento - já que até a felicidade agora é objeto de questionamento e reflexão. Por isso já diziam, "viva e deixe ser feliz".

Em homenagem ao meu tio-avô, o Vovozinho Buiuia, que completou 100 anos hoje. ;*
04 novembro, 2008 1 comentários

Uma cabeça que cai

Lá estava ela voltando pra casa, depois daquele dia enfadonho, daquelas aulas chatas e medíocres. O estômago não lhe deixava pensar com clareza, mas mesmo assim sua mente divagava, enquanto o ônibus sacolejava naquela via esburacada. Seus pensamentos perderam-se. Tanto que ela sequer notou que o garoto que estava sentado ao seu lado dormira, ignorando a existência de qualquer outro ser que não fosse ele. Ela não se perturbaria com aquela situação. Afinal que mal faria um jovem dormindo ao seu lado? Ela não se importava de maneira alguma. Estava mais concentrada em quando chegaria em casa para se livrar daquela roupa que agora a sufocava diante do calor insuportável que fazia dentro do transporte.

Ela imaginava o que a mãe teria feito para o jantar, já que ela havia passado o dia todo fora, e sequer havia almoçado em casa, sendo totalmente obrigada a comer qualquer coisa, para não ter que digerir aquela comida horrenda do restaurante comum. Foi então que ela se sentiu incomodada com algo. Ela não sabia bem o que era, mas sentia que algo se aproximava. E olhando de relance para o lado, ela viu a cabeça de seu companheiro de viagem pendendo para seu lado, e quase tocando seu ombro. Ela encolheu-se, todavia de uma forma bem sorrateira para não acordar O Feio Adormecido. Bom, pelo menos não era um daqueles 'tios' suados e cheirando a graxa. Não. Era um rapaz, devia ter sua idade... Mas nesse momento ela estava preocupada demais com a possibilidade de ter um completo estranho dormindo apoiado em seu ombro. Era meio que inconcebível.

Virou um jogo de cabeça cai, ombro encolhe. Ela definitivamente não o deixaria cair sobre seu ombro, mas tampouco o acordaria de seu sono profundo. A situação era crítica: o ônibus parecia mexer-se mais do que o normal. Ela não estava suportando mais aquilo. Pelo canto dos olhos ela vira que ele já estava praticamente babando. Ela não poderia suportar a idéia de aquele estranho babar... Uh, era nojento demais. Ela não conseguia mais conter-se na cadeira. Quando num movimento mais brusco que o ônibus fez ele acordou, de sopetão. Deu um pequeno pulo no assento. Piscou várias vezes, olhou para os lados, e concertou-se na cadeira que o acomodava. Ele percebeu que algo muito esquisito havia acontecido, e ele temia que tivesse cometido alguma gafe. Mas a sonolência que o ruído constante, e o sacolejo incansável que os ônibus proporcionam, não o deixara ficar acordado.

Eles meio que se entreolharam pelos cantos dos olhos. A vergonha não os deixaria encarar-se de fato. Ela desceu no ponto seguinte. Ele ficou ali pensando no que teria feito. Refletiu tanto que acabou por adormecer novamente.

Garotas infames riam logo mais a frente, da cena que se desenvolvera. Elas sabiam muito bem de tudo que se passara ali, e não hesitariam em contar a história para o maior número de pessoas que conhecessem, e que se interessassem pela tragédia da garota.
02 novembro, 2008 1 comentários

Meme das 10 coisas que podiam continuar

A Dana me mandou esse meme, e eu achei super-divertido.

Meme das 10 coisas que a gente gostaria que continuassem para sempre, ou que não tivessem acabado:

1) Amizades: Tem gente tão legal que nós deixamos pelo caminho. E isso é bem ruim, de certa forma. Claro que há pessoas que nunca deveriam ter entrado na nossa vida, mas tem gente que não deveria sair. ;x [edit: percebi que copiei você, Dana]

2) Chocolate: Não dá raiva quando você abre a geladeira e vê que não tem mais em um pedaço/bombom lá?! *grilo*

3) Inspiração: É tão chato quando não temos inspiração pra escrever ou fazer qualquer coisa. Às vezes, estou no meio de um texto e aí a inspiração vai embora, parece até que alguém roubou a minha musa *about musas*. É bem triste. Inspiração deveria ser algo constante. [edit: Neste momento tenho um probvelam de inspiração. Roubaram minha musa, estou estacionada no 6°]

4) Alguns momentos: Tem hora que a gente queria que não passasse, né?! Tipo quando você está com seus amigos dando boas risadas...

5) Sono: O sono de ninguém deveria ir embora. Odeio ter insônia tão frequentemente, é bem ruim.

6) Pilhas/baterias/afins: Sério, bem na hora em que você mais precisa acaba a bateria do celular, acaba a pilha do gravador, ou a bateria do mp¹²³¨... Sempre é no momento de maior necessidade. *a famosa Lady Murph* :D

[edit: Minha inspiração acabou definitivamente, depois eu completo, ok.]
01 novembro, 2008 1 comentários

Mudança

Queria um dia só por um momento entender o porquê de tudo o acontece conosco nesse mundo de loucos. Entretanto, quando paro e reflito melhor, percebo que de nada valeria compreender a loucura do mundo, pois isso não me tornaria sã, mas doente, com a tal doença contagiosa chamada síndrome da verdade absoluta. E nós bem sabemos que essa verdade total e única não existe. O que existe são, na verdade, várias pessoas em busca de um ideal comum, o de realizar-se individualmente, claro. É da natureza humana ser egoísta, e por isso, mesmo quando temos um objetivo único, ele fere a liberdade do outro. Talvez um dia, pelo menos alguns de nós aprendam a compartilhar e servir, o que se faz necessário em qualquer momento. Sempre há alguém que se dispõe a servir, a compartilhar, a amparar, enfim, a se esforçar por algo melhor, e que vise o bem do todo. Pensando em tudo isso é que percebo que a minha ansiedade de tentar compreender o mundo só se torna válida quando eu me disponho a ser alguém melhor, alguém que literalmente dá o melhor de si para ajudar a construir situações, momentos e vivências mais interessantes. Talvez hoje eu não esteja preparada para ser tanto, para abrir mão da minha vontade egoísta e comum a todos da minha auto-realização, entretanto tenho certeza de que nunca é tarde para mudar. Um dia, quem sabe, essa mudança bata a minha porta. Só espero estar pronta e preparada para recebê-la. Faça o mesmo. ;}

p.s: O importante não é o acúmulo de pessoas na platéia, mas a oportunidade de nos reunirmos para fazer algo tão bom. -louvareisomenteaTiSenhor-
 
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