23 junho, 2009 10 comentários

São Paulo - 2º Capítulo


De volta ao subterrâneo, pegamos a Linha Azul novamente, na mesma direção, descemos na Estação Paraíso, onde fizemos a conexão com a Linha Verde, em direção Vila Madalena. Não fiquem tontos, plx. Estávamos nos dirigindo ao Museu de Artes de São Paulo (Masp). Logo chegamos a Estação Trianon-Masp, onde, desta vez, encontramos uma bela e amigável escada rolante que nos levou até a Avenida Paulista [pausa para suspiro].

Nem sei como descrever como foi lindo emergir daquela estação e nos deparar com uma coisa incrivelmente gigantesca e sedutora. Nesse momento, definitivamente, não deu pra esconder a cara de turista bobo. Após os segundos de transe, localizamos o Masp dali a 2 quadras de distância. Confesso que não foi tudo aquilo pelo menos pra mim, até porque visitamos primeiro a exposição Arte na França 1860-1960: O Realismo, o que foi, pelo momento, bastante cansativo. Mas, conseguimos chegar até o final, e não digo que não tenha valido a pena.

[Primeira versão de A Espera - Masp]

O cansaço da viagem e da bagagem, realmente, estava nos vencendo no final do dia. Passamos pela exposição de fotografias Terra em Transe, de Manuel Vilariño e chegamos até a última exposição e que nos fisgou por completo. Vik, a maior retrospectiva do artista plástico Vik Muniz *que coisa fantástica*. Decidimos então, que por aquele dia bastava. Mas, isso dependeria muito de quando nosso, a priori, "guia" iria nos encontrar ali na Paulista.

Passamos umas boas 2h30 sentadas, em vários lugares, só observando e comentando sobre o que víamos. Pelo menos, tivemos muito (e põe muito) do que falar. Até que até conversar já estava passado. Ligamos umas 3 vezes para o @kelving12, e em uma dessas tentativas o bendito orelhão insistiu em ficar com meu cartão telefônico de lembrança *malvado*. Na hora eu fiquei bem grilada, mas passou. Principalmente, depois que um doido resolveu nos assustar.

Estamos nós duas sentadas dentro da casinha de vidro que abriga a escada rolante que leva à estação. Não sei porque, mas sabe aquelas horas que você de repente olha pra trás? Bem, foi nesse momento que um doido resolveu que podia me beijar através do vidro. Sim! Pasmem, quando olhei pra trás o cara estava lá dando um beijo no vidro. Eu levei um susto tão grande que desviei o olhar e, num meio-surto, comecei a rir. A @danamalua e eu rimos litros. Até porque um dos amigos do hippie voltou atrás para nos dar um tchauzinho muito nonsense.

[Segunda versão de A Espera - Masp]

Como se não bastasse, depois vem e aparece um outro hippie bem estranho vendendo uns brincos.
"- Não moço, a gente não quer!
- Tá. Mas, vocês gostam de ler?"
Até que ele percebeu que realmente não compraríamos nada e desistiu. Logo em frente ele achou outras duas moças pra incomodar. Ficamos ali mais um tempão, esperando. Até que o Kelvin resolveu aparecer (até parece, ele estava do outro lado da cidade, coitado).

A gente andou até a Rua Augusta o lado bom da rua, conforme fui a saber depois pra encontrar a Camila, uma amiga do Kelvin que gentilmente tinha aceitado o "convite" de nos hospedar. A gente encontrou com ela lá na igreja Sara Nossa Terra (é a mesma da minha, não por acaso). Voltamos à Paulista e andamos até a Consolação, onde pegamos um ônibus para ir até o apê da Camila.

A princípio, olhando a carinha dela, achei que ela era novinha demais, e que devia morar com os pais. Mas, me enganei. Ela mora com a prima dela, a Andreza. Elas duas são umas fofas e foram ainda mais por terem recebido duas estranhas na casa delas (thancks girls, for all). Após um banho bem tomado, a gente já estava pedindo cama, mas antes iríamos comer uma pizza frango com catupiry pra mim.

O Kelvin foi embora antes, porque ele ainda mora quer dizer, não sei se ele já mudou, afinal um tanto quanto longe. Logo que ele saiu a gente conheceu o namorado da Camila, que também é uma pessoa muito divertida (casal fofíssimo, sério). Quer dizer... conheceu assim. Porque acabamos descobrindo que, praticamente, brincamos um no quintal do outro. Pra começo de conversa, ele e eu éramos da mesma igreja, melhor dizendo, eu ainda sou, mas é que ele é daqui de Goiânia, e ia aqui na sede também.

[Na verdade, essa foto foi tirada na quarta-feira a noite. Mas quis colocá-la pra ilustrar o momento,
que foi bem parecido. Infelizmente a Andreza e a Dana não saíram na foto.]

Enfim, ficamos um bom tempo relembrando um monte de coisas que aconteceram ao nosso redor. Mas, não conseguimos nos encontrar nas memórias um do outro, afinal. Depois da pizza e do papo, a Dana e eu resolvemos que era hora do toque de recolher. Combinamos que acordaríamos na mesma hora das meninas no outro dia, para sairmos juntas. A nossa convenção de TI começaria às 8h do outro dia. O relógio iria despertar às 6h.

A noite foi agradável. Estava frio e pudemos dormir em uma cama bem confortável. Depois de ficarmos falando do quanto as meninas eram legais, e quantas coincidências haviam sido constatadas naquela noite, apagamos. Dormi como uma pedra.

[...] Na próxima parte dessa narrativa prometo ser um pouco mais sucinta. Pra poder descrever tudo da quarta-feira de uma vez. Até porque, nem faz muito sentido escrever pela metade, já que é tudo, praticamente, a mesma coisam né. Aaah, e se você quiser conferir uma outra versão desta mesma história, é só ir no Dana-box, porque a Dana também está contando tudinho lá. Até a volta.

-kissmaybeicallyou;*

A terceira parte dessa aventura você confere AQUI!
20 junho, 2009 12 comentários

São Paulo: O Início

Tudo começou com a minha mochila...

Ha-ha. Okey, esse início foi só pra descontrair. Mas, realmente, tudo começou com a minha mochila. Sabe como é, enfiar tudo o que você precisa para 4 dias fora de casa em uma única mochila não é pra qualquer um, ainda mais quando a bendita insiste em armazenar tudindo. Enfim, lá fui eu com uns mil quilos de carga nas costas para a rodoviária de Goiânia de carro, é claro.

A viagem até São Paulo foi bem tranquila, ainda mais depois de tomar aquele remedinho mágico, cujo nome é Dramin. Só precisou de um, e eu fui dormindo a viagem toda. Coitada da Dana que quase não dorme em viagem, mas eu avisei, ou era dormindo ou [...] *sim, eu passo muito mal*. É claro que não dormi durante as mais de 16 horas de estrada, ainda mais quando aquele tio que parece o Leôncio do Pica-Pau começou a roncar feito um trator [Pausa para localização: Eu fico meio irritada e um tanto quando rude quando acordo com barulhos chatos].

O tio Leôncio lá roncando com a boca aberta, a minha paciência esgotada, já que nem dopada eu conseguia dormir, os copos vazios com aquele papel alumínio reluzindo como nunca... *aqueles copos de água que ficam a nossa disposição nos ônibus de viagem nunca foram tão úteis* Uma coisa levou a outra, e com a aprovação da minha companheira de viagem, comecei a empreitada do momento: tentar acertar uma bolinha de papel-alumínio dentro da boca do tio, pra ele engasgar e acordar maldades a parte, eu avisei que não fico legal quando sou impedida de dormir.

Enfim, foram uns 5 ou 6 papéis, transformados em sei-lá-quantas bolinhas. Eu quase acertei, gente. Mas, o balanço do ônibus e a minha não-tão-boa-pontaria não deixaram. Desistimos! Teríamos que partir pra outra frente de ataque. A gente aguentou aqté muito tempo, sabe. Mas, uma hora o sangue das duas supitou ao mesmo tempo. Quando percebi eu já tinha dado um murro na poltrona do indolente, e a Dana e eu falávamos ao mesmo tempo: "Vai roncar na sua casa!/Dorme com a boca fechada!". Sim! Ele levou um super-susto. E acho que não dormiu mais a viagem toda. Só sei que toda vez que tinha parada ele ficava encarando a gente por um bom tempo bem-feito, porque não vai tratar desse distúrbio.

[Lorena em frente à Estação da Luz]
O resto da viagem até São Paulo foi bem tranquilo, chegamos a Estação Tietê por volta da 13h da tarde. Andamos um pouco por lá, procurando um lugar pra comer. Logo que chegamos, avsitamos o Bob's, mas a Dana não queria comer lá, então fomos caminhar com as mochilonas nas costas. Andamos um pouco, até perce- bermos que o Bob's era a melhor opção... voltamos, sentamos, pedimos, comemos. Sinceramen- te? Eu fiquei muito cheia.

Colocamos as mochilas nas costas e fomos em direção à bilheteria do metrô, pra comprar as passagens. Fomos para a Estação da Luz, Linha Azul - direção Jabaquara, descemos na 3ª estação após a do Tietê. A Estação da Luz é grande. E a gente quase se perdeu lá. Mas, logo nos localizamos e fomos em direção à saída que levava ao Museu da Língua Portuguesa. Quão grande e decepcionante foi a nossa surpresa quando nos deparamos com uma big-escadaria para sair da estação (que escada foi aquela? nunca vi tantos degraus). Conseguimos subir até o topo, afinal.

Foi a nossa primeira visão real da cidade depois que descemos daquele ônibus, e que visão. Nos dirigimos então ao Museu, que nos esperava bem ao lado da estação. Logo que entramos fomos até a bilheteria e descobrimos que lá tinha um guarda-volumes muito especial para nossa mochilinhas (foi, literalmente, um alívio). O elevador nos aguardava para subirmos até a primeira exposição: O francês no Brasil em todos os sentidos. Particularmente, foi a que eu mais gostei. Extremamente linda. Ainda mais da maneira como tudo foi organizado e disposto naquele espaço. Foi realmente inspirador.

[Parte da exposição que mostrava o Ballet. Achei essa caixa a coisa mais linda *as bailarinas giravam como numa caixinha de música*.]

Tinha uma 2ª exposição também, que tratava do português, em si, o nome é Palavras sem Fronteiras - Mídias Convergentes. Mas, aquilo não me atraiu muito, a não ser um lugar que se chama Beco das Palavras, e que disponibiliza uma espécie de jogo virtual em que temos que unir as palavras pra saber suas origens e significados. Íamos muito bem, a Dana e eu, até que a excursão que visitava o museu aquele dia chegou ao local.
[Painel digital de bocas na exposição
sobre o francês
*divertidíssimo*.]
Decidimos nos retirar rapidamente, e não assistir ao tal filme que seria exibido no 3º andar. Após sairmos de lá, fizemos aquela paradinha básica pras fotos. Pena que a foto que tiramos dentro da Luz ficou tremida, porque lá é realmente muito lindo.

[...] Essa foi a primeira parte da nossa viagem. Confesso que escrever sobre tudo demanda tempo, e vocês preci- sariam de muitíssima paciência pra ler tudo. Então, no próximo post, mais um poquinho sobre essa aventura em São Paulo. x)

-kissicallyou;*


A segunda parte dessa história, você encontra AQUI!
19 junho, 2009 3 comentários

Desabafo + Indignação


Eu estava muito, MUITO feliz. Mas, uma decisão conseguiu tirar a minha alegria por alguns momentos. Eu, realmente, iria postar a narração da minha mais nova aventura com a senhora Dana Malua, mas, diante das circunstâncias que sucederam na noite da última quarta-feira (17/06). Sinceramente? Sim! Isso vai ser mais um desabafo, mas não estou em condições de assumir a postura narradora neste momento.

Bom, pra quem ainda não sabe ou prefere ignorar, na quarta-feira às 23h, o excelentíssimo ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, senhor Gilmar Mendes [esse aí da foto], conseguiu concluir a sua saga na busca de retirar a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Estou indignada. Tentei muito não ficar, juro. Mas, me afetou, não posso negar.


À primeira vista, é como se esses 2 anos e meio que passei na Universidade Federal de Goiás, estudando e ralando muito, não servissem para nada. Ok, ok. Li no blog de um amigo muito sabido que isso, na verdade, é uma chance para nós que seremos jornalistas por formação mostrarmos a que viemos, etc, etc, etc. [...] Para nós que estudamos e sabemos o preço de tudo isso, é muito óbvia a necessidade da formação ou, pelo menos, deveria ser. Afinal, vemos soltos por aí aqueles jornalistas, formados há tanto, e que não valorizam seu próprio diploma. E ainda tem aqueles que só porque exercem a profissão e tem certa visibilidade na mídia atual, podem sair falando que o STF está correto nessa decisão.

Qualidade? Aham. Certeza que 3 meses de experiência em uma redação darão qualidade a um pseudo-profissional. Poupem-me! Isso tudo é movido a base de interesse. Interesse das grandes empresas que tomam conta da imprensa brasileira. Com coisa que a gente passa 4 anos lendo um monte de livros que des- crevem somente técnica. Com coisa que qualquer um é quali- ficado para desempenhar esse papel, porque sim, o jornalismo é uma função social. Pra mim, isso tudo é no mínimo triste. Deixo com vocês a minha indignação.

[edit] Achei o link desse artigo em um blog alheio. Li e considerei muitíssimo apropriado. Leia você também!
[edit 2] Se você também acha um absurdo. Assine esse abaixo-assinado!

-kissnevercallme;*

p.s: No próximo post: tudo sobre a minha ida a São Paulo.
13 junho, 2009 13 comentários

Sobre o amor e o ouvir


Assisti um filme essa semana que me fez pensar bastante. Na verdade, não tenho muita certeza sobre o tema real do filme, mas que é uma grande película isso é. É do Pedro Almodóvar. Confesso que nunca tinha assistido nada do espanhol antes e confesso que devo assistir muitas coisas do cineasta depois desse filme, especificamente.

[Cena de Hable Con Ella/Almodóvar - Caetano Veloso canta Cucurrucucú Paloma]

Hable com Ella conta a história de duas mulheres em coma, ou seria a história de dois homens que se tornam amigos devido a situação das duas moças? Só com isso, já dá pra ver o quão confuso é o tal filme. Em contar que a gente não fica com raiva de um cara que estupra uma das moças em coma. Sim! É muito contraditório e chocante. Mas, a construção do filme foi tão bem arquitetada que nos faz sentir e ver as situações de maneiras impensáveis.


Sinopse:
Uma tragédia em comum une dois homens desconhecidos até então, quando eles precisam cuidar de duas mulheres que estão em coma no hospital. Dirigido por Pedro Almodóvar e com Geraldine Chaplin e Paz Vega no elenco. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original.




Mas, tudo isso, foi só pra citar duas coisas que achei extremamente adequadas dentro do filme. E, tendo em vista, o clima romântico desse final de semana, devido ao Dia dos Namorados, achei extremamente útil citar. A primeira é a linda cena em que o Caetano Veloso aparece cantando uma música mexicana. Realmente, muito linda. A outra, é a referência que o personagem de Darío Grandinetti, o argentino Marco Zuluaga, faz a Tom Jobim, naquela música O Amor em Paz [interpretação de João Gilberto].

"... o amor é a coisa mais triste do mundo quando se desfaz..."

Tive o prazer e a comodidade de assistir ao filme em casa, sozinha. Assim pude dar meus pitis típicos e pesquisar tudo o que ia incitando minha curiosidade. Pra quem não conhece a música ela é bela, por si só, desde a letra até a melodia. Além do mais, pensando sobre essa sentença, em especial, cheguei a conclusão que realmente, quando esse sentimento se desfaz é muito triste. Seja pelo simples fato de deixar de existir, seja pelo fato de não ser correspondido. Quando o amor acaba, a tristeza surge. É meio que irremediável, sabe.

Para isso, então, teríamos duas opções, a primeira não amar, já que tudo que começa sempre acaba, não é. Mas, essa é a escolha dos pessimistas, eu diria. A segunda, seria amar da mesma forma, ou até mais. E, se por algum motivo específico, tudo acabar, amar novamente. Pra mim, o amor deveria ser renovado todos os dias. É mais ou menos, como o amor de Deus, ele se renova a cada manhã, e nós deveríamos mesmo exercitar esse renovo.

Do filme, a lição que ficou pra mim, foi a que acompanha o título. Não, necessariamente, falar com ela mas, ouvi-la, principalmente.

" - Estamos conversando a 1h.
- Você está."
-kissicallyou;*
11 junho, 2009 8 comentários

I go to Sampa! o/


Minhas últimas 2 semanas foram uma loucura completa. Sério. Primeiro tive que assistir ao documentário do Slavoj Zizek ,The Pervert's Guide to Cinema, para um seminário que apresentamos na aula de Cinema e Psicanálise (ok, a teacher adorou, valeu a pena).

Depois, mas não muito depois, tive que assistir um MONTE de filmes clássicos, menos mal que abordassem alguma psicopatologia. A proposta era fazer uma análise da abordagem que o cinema classicão faz da psicanálise (o resultado ficou ótimo. i'm so proud).

[Nim's Island/2008 - Diagnóstico: Agorafobia]

E, como se não bastasse, ainda tive que fazer um seminário sobre o Direito do Consumidor e a Cidadania. É verdade que esse nem deu tanto trabalho, mas o acúmulo de coisas que me esgotou. Bom, pelo menos, agora já está tudo prontinho e eu só vou voltar a essa loucura de infinitos trabalhos daqui a, praticamente, 2 semanas *thancks God*.



Mas, a grande novidade do post de hoje não é isso! Segunda às 20h30 a senhorita @danamalua e eu estaremos embarcando para uma super-aventura, rumo a São Paulo. o/ Mal posso acreditar nisso. É o seguinte, vamos participar de uma conferência de tecnologia que vai acontecer na capital paulista e que vai reunir palestrantes da Google e da Microsoft.

Sim! Estarei em meio a um monte de nerds, mas fala sério... é Sampa. x) Nós voltamos na quinta-feira e prometo que até sábado conto tudinho em mínimos detalhes porque sou boa em reproduções que tiver rolado durante nossos 2 dias e meio na terra da garoa, com direito a fotos, course. ;]
02 junho, 2009 12 comentários

Abstração Total


Andar de ônibus é sempre, ou pelo menos, na maioria das vezes, um exercício de abstração muitíssimo grande pra mim sempre é. Não tenho muita certeza, mas no ônibus sempre começo a pensar demais, meus pensamentos me levam a outro níveis de entendimento, na verdade. Isso quando certas coisas não se tornam totalmente recorrentes no meu fluxo de pensamentos. Ultimamente, isso tem acontecido.


Sempre penso nas mesmas coisas ou numa resolução pra essas coisas. Hoje foi ainda mais divertido, já que quando sai da Rádio, caminhando em direção ao ponto seguinte, já que o da Alameda das Rosas está interditado (vai andar, Juliana), me peguei novamente pensando nas mesmas coisas, repassando cada situação e cada diálogo e, não satisfeita, tentando visualizar os próximos. E foi nesse fluxo de pensamentos e diálogos internos que me deparei com algo que me fez sorrir muito em muito tempo: estrelas.

Não sei se perceberam, mas em muitos dias goianos e nublados, finalmente as estrelas resolveram dar as caras no céu. Realmente não consegui me conter ao me deparar com aquela cena. Fiquei sentada ali naquele terminal olhando para o céu, sorrindo e, mais uma vez, abstraindo. Não resisti... quer dizer, resisti sim. Liguei para o meu amigo, aquele que me rendeu muitos textos nesse blog há cerca de um ano, quando brigamos e paramos de nos falar. Engraçada essa minha necessidade de compartilhar esses momentos...

"- Oi. Viu como o céu está estrelado hoje?
- Vi. "

Incrível como as coisas podem mudar em apenas um dia. Quem diria que um céu tão cerrado como es- tava ontem, cheio de nu- vens densas e pesadas que escondiam a lua e todos aqueles pontinhos lumino- sos, poderia se transformar em apenas um dia gelado e deixar transparecer tão sublime beleza.

Mas, eu resisti, e continuo resistindo. Às vezes, é mais difícil, sabe, e mesmo assim continuamos firmes em nossa decisão. E, às vezes, nem é tão difícil, mas não dá pra conter e a gente acaba voltando atrás. Sim, eu sei... muito vaga, one more time.

Só que essa é a beleza, descobri, então... mistérios, daqueles que nem bolas de cristais completamente límpidas são capazes de revelar, a não ser que você faça a opção por deixar transparecer isso quando seu próprio sorriso não te trai.

O fato é que voltei para casa sorrindo, seja pelas estrelas ou não, hoje eu fiquei em um estado de extasiante felicidade. Motivos? Nem sempre há motivos pra sorrir, é verdade, mas, no meu caso, coube a mim enxergar tudo do ângulo mais agradável aos meus próprios olhos. Ou seja, tudo depende daquele que vê, vivencia, ou no meu caso, mais uma vez, imagina de que adianta ser tão fria e calculista, se nem posso imaginar, não é?!.
 
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