[Imagem retirada do perfil Marius!! do Flickr]
Quando escrever era uma necessidade, os dedos corriam sem esforço pelo teclado; quando não, deslizavam sem controle pelas folhas e folhas de palavras e suspiros e lamúrias e deleites.
Só o fato de ligar o som e pegar naquela caneta já acionava o emaranhado de ideias e fios de pensamentos compositores da mente vazia e/ou cheia demais. Qualquer letra parece possível nesse período, toda palavra é fácil, toda ideia provável. Até o dia em que a música não faz mais sentido e os pensamentos não se alinham mais da mesma forma. Parece que todos os sentidos e sentimentos param de fluir ou correm rápido demais para que os dedos possam traduzir para uma linguagem inteligível. É o que se poderia chamar de janela, como aquelas explicativas que todo jornalista gosta tanto de usar em suas noticiosas reportagens cheias de informações, quantas mais, mais claro, mais forte, mais crível.
Só o fato de ligar o som e pegar naquela caneta já acionava o emaranhado de ideias e fios de pensamentos compositores da mente vazia e/ou cheia demais. Qualquer letra parece possível nesse período, toda palavra é fácil, toda ideia provável. Até o dia em que a música não faz mais sentido e os pensamentos não se alinham mais da mesma forma. Parece que todos os sentidos e sentimentos param de fluir ou correm rápido demais para que os dedos possam traduzir para uma linguagem inteligível. É o que se poderia chamar de janela, como aquelas explicativas que todo jornalista gosta tanto de usar em suas noticiosas reportagens cheias de informações, quantas mais, mais claro, mais forte, mais crível.
O hiato.
Uma pausa que, às vezes, breve nem se faz notar; noutras, porém, parece não ir embora. Visita inesperada que pode (ou não) trazer surpresas, e que pode (ou não) ser bem recebida. Essa janela que marca a mudança de uma fase, a transformação. Ou é apenas uma pausa descabida e enjoada que insiste em apresentar-se. Quando ela vai embora não se pode saber. Até porque, o fato de os dedos voltarem a deslizar sem ordem direta não indica tanta coisa assim, depois que eles foram habituados, treinados a sempre escrever, a nunca parar a sempre traduzir qualquer coisa que seja para palavras, mesmo que vazias.
Meus laços com meus dedos sempre foram, assim mesmo, muito estreitos.
-beijospausados;*
3 comentários:
Olá Juliana!
Às vezes temos que dar essa pausa, pois ela se torna necessária.
Sobre a questão da profissão, eu conversei com um professor de publicidade na feira do estudante e agora fiquei em dúvida entre Jornalismo e Publicidade e Propaganda. Como é a vida de um jornalista? :D
Beijos!
Minha vida é cheia de pausas. O bom é o que elas trazem de diferente em nossas vidas. Como as transformações! Sinto que mudo sempre! bjoks flor
Obrigada Juh *---*
é verdade, tem muito blog falando sobre maquiagem ;x ahauhuahua
que texto maravilhoso!
realmente, precisamos de uma pausa, sempre precisamos, acho que as pausas nos ajuda a pensar, a refletir e a fazer escolhas.
mas não é bom passar muito tempo nessa pausa, se não aquilo que é natural do seu pensamento, da sua forma de agir, acaba morrendo de tanto refletir ;x acho que dá para entender né ;x
se cuida, ótima semana
Beijos :*
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