Assisti um filme essa semana que me fez pensar bastante. Na verdade, não tenho muita certeza sobre o tema real do filme, mas que é uma grande película isso é. É do Pedro Almodóvar. Confesso que nunca tinha assistido nada do espanhol antes e confesso que devo assistir muitas coisas do cineasta depois desse filme, especificamente.
[Cena de Hable Con Ella/Almodóvar - Caetano Veloso canta Cucurrucucú Paloma]
Hable com Ella conta a história de duas mulheres em coma, ou seria a história de dois homens que se tornam amigos devido a situação das duas moças? Só com isso, já dá pra ver o quão confuso é o tal filme. Em contar que a gente não fica com raiva de um cara que estupra uma das moças em coma.
Sim! É muito contraditório e chocante. Mas, a construção do filme foi tão bem arquitetada que nos faz sentir e ver as situações de maneiras impensáveis.
Sinopse:
Uma tragédia em comum une dois homens desconhecidos até então, quando eles precisam cuidar de duas mulheres que estão em coma no hospital. Dirigido por Pedro Almodóvar e com Geraldine Chaplin e Paz Vega no elenco. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original.
Mas, tudo isso, foi só pra citar duas coisas que achei extremamente adequadas dentro do filme. E, tendo em vista, o clima romântico desse final de semana, devido ao Dia dos Namorados, achei extremamente útil citar. A primeira é a linda cena em que o Caetano Veloso aparece
cantando uma música mexicana. Realmente, muito linda. A outra, é a referência que o personagem de Darío Grandinetti, o argentino Marco Zuluaga, faz a Tom Jobim, naquela música
O Amor em Paz [
interpretação de João Gilberto].
"... o amor é a coisa mais triste do mundo quando se desfaz..."
Tive o prazer e a comodidade de assistir ao filme em casa, sozinha. Assim pude dar meus pitis típicos e pesquisar tudo o que ia incitando minha curiosidade. Pra quem não conhece a música ela é bela, por si só, desde a letra até a melodia. Além do mais, pensando sobre essa sentença, em especial, cheguei a conclusão que realmente, quando esse sentimento se desfaz é muito triste. Seja pelo simples fato de deixar de existir, seja pelo fato de não ser correspondido. Quando o amor acaba, a tristeza surge. É meio que irremediável, sabe.
Para isso, então, teríamos duas opções, a primeira não amar, já que tudo que começa sempre acaba, não é. Mas, essa é a escolha dos pessimistas, eu diria. A segunda, seria amar da mesma forma, ou até mais. E, se por algum motivo específico, tudo acabar, amar novamente. Pra mim, o amor deveria ser renovado todos os dias. É mais ou menos, como o amor de Deus, ele se renova a cada manhã, e nós deveríamos mesmo exercitar esse renovo.
Do filme, a lição que ficou pra mim, foi a que acompanha o título. Não, necessariamente, falar com ela mas, ouvi-la, principalmente.
" - Estamos conversando a 1h.
- Você está."
-kissicallyou;*