Sempre gostei muito de andar de moto, até mais do que de carro. (In)Felizmente, ainda não sei dirigir - apesar de ser habilitada pelo Detran para isso (pra quem não sabe, auto-escola não ensina a dirigir, okeys) - motocicletas, e por isso vou de carona mesmo - acho até que me divirto bem mais, afinal posso só ficar pensando, ao invés de ter que ficar prestando atenção ao trânsito e não-sei-mais-o-quê. Meus motoristas oficiais são meu pai e meu irmão, mais meu irmão, claro - afinal todos os dias vamos os dois lá praquele Campus 2, é uma viagem, convenhamos -, mas, vez ou outra, também sou passageiro de alguns amigos.
Todos sabem que sou daquelas que só precisam de um momento de abstração para literalmente viajar a outro nível de realidade. E, confesso, se colocassem uma câmera dentro daquele capacete certamente iriam presenciar momentos de risadas, música, oração, e muitas outras coisas
Para comprovar minha teoria, hoje no caminho para o Campus, parados em um semáforo, meu irmão e eu presenciamos o auge da imprudência, pelo menos na minha opinião. Já é sabido que mobiletes não são lá o melhor veículo que existe
Pois bem, o dito cujo que conduzia a tal mobilete hoje de manhã, estava sem capacete. Fiquei imaginando a quantos riscos meu irmão e eu nos expomos todos os dias, andando em uma moto bem equipada e ambos de capacete, imagine então aquele homem. O pior é que ele não expõe somente a própria vida, o que já é bem ruim, mas a de todos os outros no trânsito, desde pedestres até os usuários do transporte coletivo
Nesse fluxo de pensamentos que me veio à mente na hora, lembrei-me de algo que um amigo meu, que também leva uma vida de motociclista, me contou
Nesse momento minha preocupação foi lá em cima, e eu só pude soltar: "O QUÊÊ?". Ao que parece, ele deve ter entendido que era uma deixa para que ele me contasse o que aconteceu. Então ele disse que, em um cruzamento (não lembro se tinha semáforos), na sua vez de atravessar (acho que tinha sim), um cara em uma mobilete decide que também é sua vez (se tinha semáforo, então ele furou o sinal). Resultado: colisão.
Nesse ponto da história eu já estava assustada o suficiente para começar a verificar se havia algum arranhão, e então ele conclui com: "Voei longe!". Aí eu já tinha entrado em pânico, e nem quis saber o que havia acontecido com o então "condutor" da mobilete. Mas ele me tranquilizou, e explicou que depois de cair tantas vezes, já havia aprendido a cair, e que não havia sofrido nenhum ferimento (imagino que os 2 estivessem em baixa velocidade).
Agora, parando e pensando... vida de motociclista também inclui as quedas. Felizmente, até hoje, não sofri nenhum tipo de acidente em cima de uma moto. Meu irmão, sozinho, sim. Mas comigo, na garupa, talvez ele tenha um senso de responsabilidade maior - na maioria das vezes, as pessoas tendem a se tornar mais responsáveis quando há algo ou alguém sob seus cuidados. Só espero que continue assim. Enquanto isso, vou torcer para que nenhum de meus amigos (e são vários) que andam de moto se envolvam em acidentes ou se machuquem por aí. De resto, uma chuvinha ou outra nunca fez ninguém derreter, também, não é mesmo.
kisses, dears. ;*